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6 minutos de leitura
Por Redação Wizard
21 de junho de 2019
Festa Junina no mundo: como a festa é comemorada no exterior
Celebrar datas comemorativas está entre os principais talentos brasileiros, mas não são só as pessoas daqui que gostam de uma boa comemoração, inclusive quando se trata de festa junina.
Se você não sabia que essa data também é comemorada no exterior, chegou a hora de descobrir tudo sobre o assunto. Confira o artigo abaixo!
Pode até parecer que a festa junina originou-se no Brasil, mas, na verdade, a festividade tem origem no exterior, mais precisamente na Europa.
A celebração foi criada no norte do continente, com o intuito de comemorar o solstício de verão, que marca o início da estação no hemisfério norte, enquanto no hemisfério sul começa o inverno. Para muitas culturas, a renovação do ciclo solar representa um recomeço e, por isso, tornou-se motivo para festividades.
No entanto, mesmo sendo de natureza pagã, o ritual, com o passar do tempo, ganhou também caráter cristão em alguns lugares do mundo, homenageando São João Batista. Portanto, ouve-se dizer que a festa é “junina” não só por ocorrer no mês de junho, mas, também, por já ter sido chamada de “joanina” (que deriva de João) e ter mudado com o passar do tempo. Por essa razão, este evento que acontece no outono/inverno no Brasil, e aguardado por muitos, também é chamado de festa de São João.
No Brasil, sabemos que essa celebração é dançante e repleta de receitas típicas, principalmente de doces, elementos que vêm sempre acompanhados pelo calor das tradicionais fogueiras. Mas como será que a festa junina acontece em outros locais do mundo?
No Brasil, durante o mês de junho, espalham-se festas juninas por todo o canto. Porém, na região Nordeste e nos estados de São Paulo, Goiás, Paraná e Minas Gerais, a celebração tem maior expressividade.
Muita música, quadrilhas, fogueiras, barraquinhas fartas de diversas opções de comidas típicas, correio elegante, promessas e simpatias para figuras religiosas do cristianismo são as principais características da comemoração.
No cardápio desse tradicional festejo brasileiro que acontece sempre no meio do ano, salgados e doces são feitos, em sua maioria, à base de milho. Entre as delícias, estão curau (nome conhecido no sudeste) ou canjica (nome conhecido para o mesmo doce de milho no nordeste), pamonha, milho verde cozido, bolo de milho, pipoca e muito mais.
Além desses quitutes, pé de moleque, paçoca de amendoim, arroz doce e as bebidas vinho quente e quentão também fazem parte do cardápio típico que todos esperam encontrar na comemoração junina.
Em alemão, o solstício de verão, modo popular de se referir aos eventos juninos no exterior, é chamado sommersonnenwende.
No país, a data é comemorada sob a crença pagã, acontecendo de uma maneira um pouco diferente daquilo que conhecemos no Brasil: em volta de uma fogueira, as pessoas dançam e jogam flores e ervas diversas no fogo para saudar a estação que chega. Como parte da coreografia do ritual, também estão saltos sobre as chamas.
Na Dinamarca, a festa junina é chamada sankthansaften, que significa, em português, “véspera de São João”. Até o ano de 1970, a data foi considerada feriado oficial no país.
No começo do século XX, os dinamarqueses confeccionavam uma bruxa de palha e tecido para ser colocada sobre a fogueira tradicionalmente acesa no festejo. A ideia era trazer à lembrança a época de caça às bruxas, movimento de perseguição religiosa e social às mulheres acusadas de feitiçaria, ocorrido entre os séculos XV e XVIII, em toda a Europa. A tradição foi incorporada da Alemanha.
Além disso, destacam-se, também, como elementos tradicionais dessas comemorações na Dinamarca, as grandes fogueiras que eram acesas sob a convicção de que afastariam maus espíritos. Nos dias de hoje, a celebração segue acontecendo com as fogueiras, mas em praias, com piqueniques e músicas tradicionais da cultura.
Mais um lugar do exterior que também costuma comemorar o novo ciclo solar é a Finlândia. Lá, a palavra usada para se referir às festas juninas é juhannus, que significa “pleno verão”.
A comemoração, que na cultura finlandesa tem raízes pagãs, faz com que as cidades grandes do país fiquem vazias, já que as pessoas vão buscar eventos de celebração do solstício no interior, onde há casas de veraneio, lagos e fogueiras. Em sueco, outra língua oficial da Finlândia, a data é chamada midsommar, que também significa “pleno verão”.
Muitas pessoas pensam que as famosas quadrilhas das festas juninas originaram-se no Brasil, mas, na verdade, a dança tem origem francesa. No país, a comemoração leva o nome de fête de la Saint-Jean, que significa “festa de São João”.
Ainda que a celebração carregue algumas tradições pagãs, sua essência é católica para os franceses, que acendem altas fogueiras para homenagear a figura religiosa de São João Batista, dançam com muita música e realizam uma missa para o santo.
Sankthans é como se chama o dia de festa junina na Noruega – o nome é uma junção das palavras Sankt e Hans, que significam, respectivamente, “santo” e “João”. Nesse país, o dia é celebrado com muitas comidas típicas da região, como salsichas assadas, cachorros-quentes, arroz-doce com manteiga e canela, carnes e frutas defumadas.
Nessa versão nórdica da festa, há também a tradição de acender uma fogueira, feita com muitas caixas, madeiras e variados objetos inflamáveis empilhados, para alcançar grande tamanho.
Em polonês, a noite em que é comemorado um novo ciclo solar é chamada noc swietojanska, que significa “noite de verão”. Uma característica da festa que é análoga à comemoração no Brasil são as pessoas fantasiadas. Porém, na celebração polonesa, o traje tem inspiração na vestimenta dos piratas, enquanto os brasileiros se inspiram nas roupas de camponeses.
Para comemorar o solstício de verão, a fertilidade e a vitalidade da natureza, a população solta, simultaneamente, balões iluminados que ficam espalhados por todo o céu. A festa começa às 8h da manhã e vai até o fim do dia.
A festa junina portuguesa é mais uma que entra para a lista das festas juninas que acontecem no exterior. O evento, no país, é popularmente conhecido como parte integrante das Festas dos Santos Populares, já que na mesma época, são feitas, também, homenagens festivas ao Santo Antônio, outra figura religiosa do cristianismo.
Para os portugueses, ambos os eventos são considerados feriados e, no que diz respeito à comemoração feita em homenagem a São João, há uma semelhança forte em relação ao que acontece no Brasil: os festejos atraem justamente as pessoas que gostam de celebrar, pois eles duram o dia e a noite inteiros nas ruas das cidades.
Na Rússia e em demais países eslavos, como Ucrânia, Bielorrússia e Lituânia, a celebração do solstício de verão é chamada Ivan Kupala. A primeira palavra combinada à segunda resultam na junção de “João”, em russo, e do nome de um festejo feito em homenagem à fertilidade. Kupala, isoladamente, significa “banho”, o que possibilita interpretar Ivan Kupala como “João Batista”, aquele que batiza.
Na festa russa, meninas pulam fogueiras e jogam guirlandas de flores em lagos, crianças brincam com a água de formas diversas e o banho nu também é comum.
Chamada midsommar, a comemoração do solstício de verão acontece, na Suécia, com cantos e danças tradicionais realizadas por adultos, crianças e idosos, ao redor de um mastro que, após erguido, recebe em seu entorno flores e folhas que são jogadas das mãos dos participantes.
No festejo, que, nesse país, chega a ser mais tradicional do que o Natal, é comum a presença de arenque no cardápio, uma espécie de sardinha em conserva, além de alimentos cultivados na época, como batatas e morangos.
Falando em mais elementos tradicionais da celebração junina sueca, não se pode deixar de mencionar as moças que constroem buquês de sete ou nove flores diferentes para depois os colocar embaixo do travesseiro. A simpatia é feita sob a crença de que as mulheres que aderirem podem conseguir sonhar com o futuro marido.
Descobrir como funciona a cultura em outros países é sempre empolgante para aqueles que pensam em realizar uma viagem internacional ou fazer um intercâmbio, mas não é só para esse grupo que essas informações são relevantes. Para aqueles que estudam línguas ou consideram começar a aprender um novo idioma, saber de elementos culturais internacionais também pode ser muito atrativo na hora de escolher o destino e a época do ano para viajar.
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6 Comentários
6 Comentários
8 de julho de 2020 às 11:59
So tenho 10 anos mas achei o texto interesante😊😉
23 de junho de 2020 às 16:56
oi
ok
17 de setembro de 2020 às 11:19
Oi, Yasmin! Espero que tenha gostado do texto! 😄
7 de junho de 2020 às 14:03
Achei bem legal e interessante
7 de junho de 2020 às 13:25
Achei muito legal o texto e interessante
4 de junho de 2020 às 17:22
Eu achei o texto sobre a festa junina bem interesante